8.11.05

_Lembram da mudança? Então... ela foi feita. Agora somos cidadãos de Itapuã. Moramos no 17. Colina de Itapuã, se achar mais chic.
O problema é que a mudança é uma coisa... arrumar a casa é outra. E vai demorar...

_E Itapuã tem, sim, suas peculiaridades. Tipo... ônibus com os mais variados preços, moriçocas mais chatas do que o normal [elas pousam em meu rosto!!! Pode isso!??!] e cachorros com hábitos não muito peculiares...
Hoje de manhã eu saía pro trabalho quando vi um vira-lata circulando o poste, cheirando, mirando, levantando a perninha e...!!! Não sei por que porra eu fiquei olhando aquele cachorro... ninguém fica olhando cachorro mijar. Deve ter sido pela agitação que o cachorro tava... Só sei que eu tava olhando e, na hora, ao invés de sair mijo, saíram umas bolotinhas. Impressionante!!! O cachorro estava cagando no poste com a perninha levantada!!! E a senhora que andava na rua exclamou: “Cagando no poste?!?!”. Eu só pude rir!

3.11.05

Então... eu fui pra São Paulo. Com o argumento de assistir ao TIM Festival, evento que contaria com o show do Strokes, mas com uma verdadeira vontade de rever meu amigo/irmão/pai/whatever, O Igor, e conhecer três figurinhas que o orkut me “apresentou”. Manu – minha prima, já que somos da família Mascarenhas -, La, que me foi apresentada por Manu – via MSN – e Ellen, a mocinha poser de Jundiaí. É isso mesmo... eu conheci pessoas de outro estado via internet e fui lá pra conhecer pessoalmente. “Bem normal, você. Hein, Lou?!”, diria minha amiga Clau, quando soube disso. Mas o fato é que eu fui. Mesmo com todo meu antecedente de tímido/anti-social, eu fui pra ver no que ia dar.
Enquanto planejava a viagem, eu imaginava que o que ia acontecer era... uma vez em SP, eu ligaria pra Manu e nós nos encotraríamos... “Oi, prazer. Legal lhe conhecer e tal...” e depois pronto. Não ia mais vê-la. E assim seria com as outras duas também. Era assim que eu imaginava e, por isso, eu já havia insistido com Zezinho que fosse pra SP passar a semana. Assim eu teria companhia pra andar por lá. Mas as coisas aconteceram um pouco diferentes.
Cheguei sábado de manhã e nem quis dormir pra não perder tempo. Fui na Galeria do Rock com O Igor e, depois de rodar ela toda e voltar pra casa, fomos comer... “Quer ir numa hamburgueria?”, Igor perguntou. Eu... “É. Pode ser.”. Mal sabia eu o que estaria por vir. Onio Rings pra abrir e, como prato principal, Super Burger!!! 350g de carne! Cheddar! Cebola! Bacon! Caralho... aquele é O hamburguer!!! Saímos de lá com comida até a goela. Cheguei em casa e deitei... quando eu vi, já era domingo. Foi o dia que marquei de conhecer Ellen. Mas, antes, fomos dar um rolé na Liberdade. Que maravilha todas aquelas barraquinhas com comidas e comidas e comidas... até acarajé – se é que se pode chamar aquilo de acarajé. Rodamos por lá, orçamos material pra sushi, comemos um belo yakissoba e eu peguei o rumo de Jundiaí.
Eu estava até surpreso com a tranquilidade que estava encarando as coisas. Pegar um ônibus de SP pra ir conhecer uma menina em Jundiaí... e eu nem tava tenso... tossindo à toa... com calafrios. Sinal dos tempos, caro Manga! Aliás... um BOM sinal, diga-se en passant.
Cheguei à cidade da uva e encontrei a mocinha. Baixinha, lindinha, Ramone... tudo como eu imaginava. Fomos pro show e, independente das bandas que eu nem sei quais eram, nos divertimos muito entre cervejas, conversas, salgados, bêbados, batidas de carro e, depois, ônibus perdido. Foi tão legal prometi voltar durante a semana, o que fiz na quinta-feira... quando fomos ao cinema e, depois, fui conhecer a mãe, a gata, o padastro, a avó e a irmãzinha dela. Foi também quando fiz minha primeira despedida. Triste... mas eu volto lá pra vê-la.
Ainda no domingo, fui dormir em Campinas, na casa de Zezinho e Luciana (Iracema). Segunda rodamos por lá... Unicamp, shopping center (o maior da américa latina, segundo os campineiros) e umas brejas de noite. Terça de manhã embarquei pra Sampa e marquei com La* de nos encotrarmos no desembarque.

*Veja bem... eu conheci La através de Manu. O normal seria eu ver Manu primeiro. Mas é que sábado eu liguei e não consegui falar com ela. Quando falei com La, ela me disse que Manu tava viajando e chegaria domingo de noite. Só que terça eu só consegui falar com La e marcamos logo...

Mais uma vez eu estava tranquilo e sem receio de conhecer uma pessoa. Como diria esse povo, eu devia estar sentindo que a energia da pessoa era boa e, por isso, não tive medo. Aeuehueauheauheauheauheauheahaehu... Nem como esse H.
Encontrei La no desembarque. Pequenininha, linda, cabelos vermelhos, bochechudinha e me esperando. Após alguma indecisão, fomos pra Paulista. Passamos a tarde batendo papo, almoçando, andando, rodando em um shopping, rodando em outro – onde fomos encontrar Andressa, amiga dela e de Manu. Mais tarde, por telefone, marquei de ver Manu no outro dia. Com um porém. A mãe dela, mais do que justamente, pediu pra me conhecer antes de deixar a filha sair comigo.
Quarta-feira, encontrei com La de manhã e fomos na galeria. De tarde fui encontrar com Manu no Sta. Cruz. De lá fui pra casa dela conhecer su madre. Dessa vez eu fiquei sem graça. Adultos me dão medo... ahueuheauhaeueauueauhaeuhaeuhaeuh.. De noite fui pra aula, na faculdade de Manu. Planejamento! Já que minha professora não quis me ensinar enquanto eu cursava, assisto aula em outro lugar! Huaehuaeuhea!!!
Quinta planejei ir a Jundiaí de novo. Pela manhã fui com Manu na famigerada 25 de Março... que lugar horrível. Cheio de gente. Cheio de camelô. Cheio de ladrão... sai de lá com uma meia de dedos, encomenda de Red Glasses. Manu não gostou muito d’eu ter visto tanta coisa e não ter comprado nada. Hihihihihihihi!!! Mas já haviam me recomendado a Sta. Ifigênia pra comprar eletrônicos. Enfim... fui pra Jundiaí – como já contei antes – e voltei meio tarde. Último ônibus pro Itaim... demora da porra.
Sexta-feira. Marquei com La pra irmos buscar o índio Zé no Tietê. De lá fomos na Sta. Ifigênia (onde comprei coisas, Manu! Aheuhaeueauea), Pça. da Sé, Liberdade (“melhor restaurantiiiii!”) e, mais uma vez, Galeria. À noite eu queria muito sair. Mas veio a chuva! Chuva pra caralho!!! Fuck! Ficamos em casa regados a TV, biscoito e atum com maionese!!! Nhamiiii!
Sábado eu queria ir no Morumbi ver São Paulo x Santos mas, graças à frouxidão de meus amigos e à impossibilidade de La ir comigo, não fui. Fomos à Paulista – primeira vez de Zezinho lá – e descemos pra Consolação pra buscar minhas camisas da Cuma! Andamos pra caralho até chegar. Almoço: cheeseburger. Vamos ao Pacaembu. Corinthians x Paraná. 3 ingressos por R$ 20. Entramos e fomos logo ao banheiro, aonde mijei na pia... porra! A pia é baixa! Só deu pra saber que era pia porque tinha sabonetes e torneiras. Nessa de mijar logo, perdemos o único gol da partida. Carlitos Tevez. No mais o jogo foi bem mêa boca. Eu quase desafio a morte... o Paraná, após pressionar muito - mesmo sem eficácia -, quase marca um gol. E eu quase comemoro. Seria meu último gesto. De noite, fomos pra rua pra tomar umas. Rodamos muito pra saber onde jantar e escolhemos, com certeza, o melhor lugar! Pizza grande: R$ 21. “Tá bom o preço, né?”. “É.”... pizza muito boa!!! Melhor ainda foi a conta... Pizza R$ 21 + refrigerantes R$ 8 + 10%... 30 e alguma coisa. Desconto R$ 10!!!!!!!!! E agora??? Pedimos outra pizza pela metade do preço ou pagamos o mais rápido possível pra que eles não notem o erro??? Optamos pelo 2. E saímos pra parar no Samaro e beber. Original! Beleza de cerveja!!!
Domingo era o dia do show. Mais uma vez eu ia ter que me virar sozinho. Ninguém tava disposto ($$$) a ir pro show comigo. Sai com o Igor e o índio de manhã. Liberdade mais uma vez. Comprei coisas pra Maria fazer seu sushi e, claro, comemos. Encontrei com a La mas foi rápido. Ela tinha que ir votar ainda. Fim da tarde fui pro show...
Quando entrei já estava no fim do Mundo Livre. Veio a tal da M.I.A... o que foi aquilo?!?! Nem fiquei muito tempo vendo. Veio o Arcade Fire e eu tive certeza que Luciano gostaria dessa banda (o que se confirmou depois)... eu não viajei muito não. Kings of Leon, sim, era uma banda que eu esperava pra ver. Prefiro em CD. Mas a noite terminou em altíssimo estilo. The Strokes fizeram uma apresentação impecável. Um show que começa já cheio de energia e não deixa cair em momento nenhum. A única pausa pra “respirar” foi antes do bis. Mas depois eles voltaram com ainda mais força e, depois de duas músicas, encerraram a noite com Reptilia. Porra! Showzaço! Depois foi só ficar duas horas e meia no ponto de ônibus esperando o buzu não passar. Lá pras 3 e tantas, um taxista gente boa pra caralho aceitou o único dinheiro que eu tinha pra me levar pro outro lado da cidade.
:~(... segunda-feira. This road end here. Mais uma vez tive dificuldade de comunicação com Manu. Então marquei logo pra encontrar La. Só consegui chegar de tarde. Quando conseguimos falar com Manu ela pediu pra que fosse pra outro shopping pra facilitar pra ela. Eu fui e deixei um recado pra ela avisando. Você recebeu o recado? Nem ela! Fiquei com La esperando e, quando ligamos, marcamos de ir até a estação próxima à casa dela pra eu me despedir dela. Na volta, parei com La no ponto onde eu pegaria o buzu e ela desceria pro metrô... quem disse que eu queria ir embora?! Tentei verbalizar um agradecimento. Tava muito feliz, emocionado pra caralho pela oportunidade de ter me aproximado dela. Não consegui falar o quanto eu era grato pela semana que passamos, pela atenção que ela me dispensou, por tudo... só ela sentindo o aperto que senti quando subi naquele buzu sozinho e ela ficou lá embaixo...
- “Tô chegando. Vamos jantar juntos? Me espere.”
- “Tô em casa te esperando.”
Foi com essa troca de mensagens que só depois notei o quanto eram românticas, no melhor estilo casalzinho, que marquei com o Lima de irmos jantar pra me despedir. Algo novo... que eu não tenha ido ainda. TGI’s Friday (Thank’s God It’s Friday). Restaurante cheio de decoração, placas de anúncios antigos e etc... massa. O cardápio? Melhor ainda! Foi difícil escolher a entrada, o prato principal... fácil mesmo foi escolher a coca-cola. R$5 e pode beber até morrer. Só pra você salivar. Onion rings, baked potato (com cheddar e bacon) e asinhas e coxinhas de frango... isso foi a entrada. Já era uma porrada de comida. O pesado: filé com bacon, molho, legumes e uma batata assada com cheddar, bacon e sawer cheese. Mais uma vez saímos, eu e o Lima, lotados de comida... mal conseguindo andar. Só deu pra subir, pegar as malas e rumar a Guarulhos. “Tchau, cara! Se cuida. Ano que vem eu volto!”. Cheguei em Guarulhos antes de meia noite pra pegar um vôo que saía 3:30h. Na hora do check in... “Senhor, esse vôo era ontem. Eu posso colocar o senhor num vôo hoje, no mesmo horário. Mas o senhor precisa pagar R$100 pela transferência de vôo.”
“han?!?!”
Já falei demais pra ainda ficar explicando isso... o fato é que eu fui burro na hora de comprar as passagens e errei. Pra minha sorte, e azar do funcionário da TAM, ele me embarcou na ida sem cobrar isso. Na volta não teve jeito. R$50 na carteira... e na conta? Quanto tem?! R$60... caralho... essa foi por pouco! Check in feito, fiquei vendo São Paulo x Corinthians na TV... meio cambaleando de sono. No mais, foi embarcar e chegar em solo baiano com uma hora extra pra descansar pois saí do horário de verão, de lá, pro horário de Deus, daqui.

Eu sei que esse não é nem de longe o melhor post daqui. Mas serviu pra caralho pra eu relembrar cada detalhe daquela semana maravilhosa. Saudade pra caralho. Eu volto e volto em breve pra rever todos. Espero que vocês tenham sobrevivido!